Como num cofre que se não pode fechar de cheio,
trago dentro do meu coração, todos os lugares onde estive,
todos os portos a que cheguei e todas as paisagens que vi
Sonhei-as através de janelas verticais de tombadilhos impossíveis
[tudo é apenas aquilo que nós quisermos]
e em cada um deles desprezei a linha do horizonte
ignorei a regra do sextante e
desconsiderei a vontade das estrelas e do sol
No girar da latitude paro a pensar em ti
Respiro a rota me trouxe ao teu caminho,
e escuto.
As minhas amarras gemem presas nas paredes do teu cais
E eu que tanto amo liberdade, quero mais
[quero mesmo ser o teu acompanhante num futuro próximo]