Luís Montenegro sabe bem o que faz, no debate quinzenal não perdeu a oportunidade para questionar o primeiro-ministro. António Costa foi respondendo e à saída disse aos jornalistas: “Há um novo ministro e novos secretários […]

Luís Montenegro sabe bem o que faz, no debate quinzenal não perdeu a oportunidade para questionar o primeiro-ministro. António Costa foi respondendo e à saída disse aos jornalistas: “Há um novo ministro e novos secretários […]
Que súbito frenesí que acometeu os novos governantes pode deitar tudo a perder? Será que António Costa perdeu o juízo e vai arrastar o país de novo para o abismo como muitos já dizem? Há grande preocupação pelas alterações que o Governo está a introduzir no país. Parece consensual que não faz sentido nenhum mudar as regras dos professores a meio do ano letivo. E sou um exemplo: como pai ter que me adaptar a um novo calendário. A minha filha vai ter de fazer exame todos os anos. Fez os que acabam e vai fazer os que agora são introduzidos. Não é pelo facto de fazer mais exames - isso nunca prejudicou ninguém - mas sim pelas alterações ao sistema de ensino e manuais escolares. Há mais despesas a fazer, horários a conjugar e livros para vender. A reversão das privatizações nas empresas de transportes também não se entende. Se eram empresas deficitárias e o problema estava resolvido, porquê ficar com o problema de novo? Desconcerto. É desgoverno? Burrice? Vai voltar tudo a ser como dantes? A troika está de novo à porta? [bctt tweet="Será que António Costa não quer, afinal, a bem da nação?"] É preciso estar atento. António Costa é um aristocrata tão habituado à gestão do poder como pouco à vontade nos processos para a sua conquista. É descendente de uma das mais antigas famílias Brâmanes, filho de um destacado (e ativo) militante do Partido Comunista, foi dirigente associativo e membro de sucessivos governos. A política corre-lhe nas veias. O que ao primeiro ministro falta em estratégia eleitoral – quem não se lembra das eleições autárquicas intercalares de 2007 e da sua magra vitória contra um PSD partido aos bocados; já para não falar das últimas legislativas onde conseguiu perder as eleições “que até o Rato Mickey ganhava” contra o governo que mais penalizou os portugueses desde o 25 de abril – sobra em astúcia palaciana. Este é o objeto de reflexão da minha crónica de amanhã no Jornal de Notícias
Ela teimava que sim e ele dizia que era uma péssima ideia. Isto de o PS fazer um acordo suicida com os partidos de Esquerda nunca ia correr bem. Eles apenas aceitariam dizer que sim […]
Depois de um acontecimento se tornar mediático, ou viral, como agora se diz, os seus protagonistas serão afetados por ele para sempre.
Mais do que a indigitação de Passos Coelho para formar o primeiro Governo saído das eleições de 4 de outubro, a declaração de Cavaco Silva de quinta-feira passada conteve um ataque específico ao líder do PS, António Costa.
António Costa está a complicar. Não consegue transmitir às pessoas ideias novas de forma simples. E aquelas que parecem simples não são transformadoras.
Será que António Costa se fez eleger líder dos socialistas sem ter a certeza do que queria para o PS e para a sua vida? Ou aconteceu alguma coisa pelo caminho?